Neste 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, reunimos depoimentos de três mulheres militantes feministas de diferentes partes do mundo sobre a luta pelo direito à saúde, o enfrentamento à pandemia e aos efeitos dessa crise sobre a vida das mulheres, especialmente as mulheres negras. Talitha Demenjour (Brasil), Julie Maenaut (Bélgica) e Wilhelmina Trout (África do Sul) mostraram como a luta pelo direito à saúde se articula à luta contra o neoliberalismo e contra a privatização de serviços públicos. A corrida transnacional e capitalista de patentes e a desigualdade colonialista de acesso à vacina têm profundos impactos na vida das mulheres, especialmente nos países do sul.
As saídas feministas e populares para a pandemia apontam para a valorização dos sistemas públicos de saúde, a distribuição e produção justa das vacinas e a reorganização do trabalho que sobrecarrega as mulheres e sustenta a vida.