O povo do Haiti enfrenta, mais uma vez, a ingerência imperialista sobre seu destino. A ilha caribenha vive uma situação de crescente violência e violações sistemáticas, controle de territórios por grupos armados, repressão e subordinação dos interesses do povo aos do capital transnacional. As condições de vida nas cidades e no campo pioram drasticamente. O acesso a alimentos e a circulação da produção camponesa têm sido profundamente afetados. Justamente por isso, estão no centro da resistência camponesa, feminista e popular.
Diante dessa situação, a ONU, historicamente responsável por intervenções militares que aprofundam os problemas sociais e políticos, novamente atua de forma alinhada ao imperialismo estadunidense. No vídeo a seguir, Islanda Micherline, da Via Campesina do Haiti, denuncia o papel de países do Norte Global que, por meio do Grupo Central da ONU para o Haiti, têm operado a nova tentativa de intervenção no país.
No campo e na cidade, as mulheres haitianas propõem estratégias econômicas para essa transição, como diz Islanda, no sentido de construir a agroecologia, a economia solidária e a soberania alimentar, objetivos que tem como pré-condição a autodeterminação dos povos e um governo popular. De todas as partes das Américas, as mulheres seguem em solidariedade internacionalista e anti-imperialista, em defesa de um Haiti digno e soberano, livre de ocupação.