Denunciar o poder das empresas transnacionais e o uso das fronteiras e das políticas migratórias como instrumentos do sistema racista, colonial, capitalista e heteropatriarcal. Ampliar a reflexão feminista com processos de formação popular e mobilização. Sistematizar e visibilizar ideias de rebeldia para mudar o mundo. Ocupar a cidade. Assim foi a estratégia de organização da Marcha Mundial das Mulheres no País Basco (Euskal Herria) para sua 5ª Ação Internacional, que se iniciou em outubro de 2020 e se estendeu até março de 2021.
A violência contra pessoas migrantes é uma realidade no norte global, e mais uma prova de que o “bem-estar” europeu não pode se basear em privilégio, exploração, racismo e colonialismo. “Temos compreendido que as pontes não têm o mesmo significado para todas as pessoas migrantes, porque mesmo aquelas que já serviram alguma vez para nos conectar se tornaram muros que não facilitam a circulação das pessoas, se converteram em cenários para a discriminação, opressão, exclusão e até mesmo a morte”, afirma a Marcha Mundial das Mulheres em seu site local.
Articulando denúncias e propondo alternativas feministas e populares contra essa economia da exclusão, as mulheres da MMM organizaram, nos últimos meses, uma série de materiais que apoiam a reflexão e a ação direta: cartazes, um vídeo, uma apostila de formação e duas infografias. As infografias, produzidas originalmente em espanhol e basco, tratam sobre as fronteiras do racismo e as migrações e foram coladas nos muros de Bilbao.
Traduzimos e disponibilizamos as infografias nos quatro idiomas trabalhados no Capire para ampliar o acesso a esse material, que pode ser baixado, compartilhado em espaços de formação ou mesmo usado para decorar outras cidades com informação feminista antirracista:
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