Mulheres da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Amigos da Terra Internacional, Código Sur, e Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura do Brasil (Contag) compartilham suas reflexões e conhecimentos sobre a construção da soberania popular e como ela se articula entre as soberanias alimentar, energética e tecnológica. “Falar da soberania popular e feminista para mim também é novo e me dou conta que realmente a praticamos nos nossos territórios”, diz Alicia Amarilla da Coordenação Nacional de Organizações de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Indígenas (Conamuri) do Paraguai.
Lutar por soberania popular passa por combater as violências que alimentam um modelo exploratório capitalista, racista e patriarcal. Para Sarah Luiza, da MMM no Brasil, é urgente entender, a partir de uma visão feminista e antissistêmica, “como a energia e os alimentos são produzidos e a importância do povo poder decidir sobre como e para quem produzir e como distribuir esse alimento e energia”. Além de Sarah e Alicia, participaram do vídeo: Alejandra Laprea, da Venezuela, Letícia Paranhos e Mazé Morais, do Brasil, Nikole Yanes, de Honduras, Mercedes Cabezas, da Argentina, e Johanna Molina, do Chile. Assista:
A oficina
O vídeo foi gravado após a oficina “Feminismo e Soberanias”, organizada em São Paulo, no Brasil, pela SOF Sempreviva Organização Feminista, nos dias 3 e 4 de novembro de 2022, com a participação de 43 mulheres. Essa oficina fez parte de um processo de análise e reflexão sobre o tema, que resultou também na publicação de dois documentos. Um deles, Pistas feministas para construir soberania tecnológica a partir dos movimentos populares, surge dessa necessidade de organizar o debate sobre a soberania popular, energética e tecnológica, colocando a sustentabilidade da vida e as perspectivas das mulheres no centro. O outro, Nós, mulheres, somos a energia que move o mundo, trata da relação entre luta feminista e soberania energética a partir da trajetória da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil.