Dia 28 de setembro é o Dia Latino-Americano e Caribenho pela Descriminalização e Legalização do Aborto. Nas Américas, há diferenças de legislação, conjuntura política e acesso ao direito das mulheres ao aborto. Mas, em todo o continente, há luta das mulheres lutam por autonomia sobre seus corpos. A recente descriminalização do aborto no México e a legalização na Argentina são vitórias do movimento feminista organizado. A luta pelo aborto legal, seguro e gratuito faz parte da luta integral das mulheres contra o patriarcado, o capitalismo e o racismo em suas múltiplas expressões.
Contra a submissão e a obrigação da maternidade, contra o conservadorismo, o controle dos corpos e das sexualidades, e para não viver mais o medo, o silêncio e os riscos à saúde e à vida, as mulheres exigem autonomia. A legalização do aborto é um assunto das mulheres e da sociedade como um todo. Por isso, não pode se limitar nem às estratégias do conservadorismo antifeminista, nem às do mercado e da indústria farmacêutica.
Para organizar um panorama da situação do aborto no continente americano, as lutas das mulheres e os desafios por enfrentar, Capirereuniu vídeos de Andrea Ross (Frente Pátria Grande, Argentina), Karina Garcia (Partido pelo Socialismo e Libertação – Party for Socialism and Liberation, EUA), Alejandra Laprea (Marcha Mundial das Mulheres, Venezuela), Nathália Diórgenes (Marcha Mundial das Mulheres, Brasil) e Jessica e Cristina (Marcha Mundial das Mulheres, México).
Nos países onde o aborto é completamente proibido, as mulheres são colocadas cotidianamente em suspeita. A vida reprodutiva das mulheres é contaminada pela criminalização. A criminalização do aborto é um mecanismo de humilhação, maus tratos, sofrimento e adoecimento para mulheres e pessoas com capacidade de gestar
Nathália Diórgenes
