O 8 de março é o Dia Internacional de Luta das Mulheres. Neste ano de 2024, retomamos o sentido internacionalista dessa data para expressar a luta das mulheres pelo fim do genocídio em curso na Palestina. Todos os anos, há mais de um século, nos mobilizamos nesse dia para fazer avançar nas ruas, redes e roçados a luta feminista pela construção de um novo mundo sem racismo, patriarcado, pobreza, fome, guerras e colonialismo. Em todo o mundo, as mulheres constroem a muitas mãos as alternativas concretas para a construção desse mundo de paz que queremos, sem violência, com soberania alimentar e uma economia centrada na sustentabilidade da vida.
A liberdade das mulheres só é possível com a autodeterminação dos povos. Enquanto a Palestina não for livre, nenhuma mulher será realmente livre.
Neste 8 de março de 2024, nos somamos às vozes de mulheres e de pessoas dissidentes de gênero de todo o planeta que se unem em solidariedade ao povo palestino. O Capire, com a ALBA Movimentos, a Assembleia Internacional dos Povos (AIP) e o coletivo Utopix, realizou um chamado internacional de cartazes em solidariedade às mulheres palestinas. Esta galeria é o resultado desse chamado, que mostra como a arte é capaz de fortalecer a solidariedade e as alianças internacionalistas.
São 44 cartazes de 17 países de todas as regiões do mundo: Polônia, Índia, Venezuela, Brasil, África do Sul, Suíça, Suécia, Quênia, Zimbábue, Itália, Colômbia, China, Porto Rico, Estado Espanhol, Guatemala, Filipinas e Tunísia. Eles mostram como as mulheres são as primeiras vítimas da crise capitalista e do genocídio em curso. Mas são também protagonistas da união e da luta contra o imperialismo.
Desde 1947, e mais profundamente desde outubro de 2023, temos sido testemunhas de um genocídio. Movidos por interesses econômicos sórdidos, os países do Norte global sustentam a investida militar do exército colonialista de Israel em Gaza e na Cisjordânia – ou escolhem se calar diante do massacre, o que também significa ser cúmplice.
Os ataques militares somam mais de 30 mil mortos. Dados do Ministério da Saúde de Gaza indicam que pelo menos 25 mil dessas vítimas são mulheres e crianças. Diante da expansão genocida de Israel através da guerra, palestinas e palestinos em todo o mundo, militantes de movimentos sociais, feministas, anti-imperialistas e antirracistas exigem um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, o reconhecimento da soberania palestina e uma solução para as pessoas que viram suas famílias e cidades inteiras serem bombardeadas diante de seus olhos.
A luta palestina segue, pois ela é a base do que significa ser palestino. Como nos disse a militante palestina Yasmeen El-Hasan em maio de 2023, “existe um só lar, somos um só povo e é isso o que orienta nossa luta. Somos as e os indígenas desta terra. Isso significa que somos seus cuidadores”. Abeer Abu Khdeir, da Marcha Mundial das Mulheres, reforça a relação direta do povo palestino com sua terra ao defender que “temos o direito de lutar em todo o mundo, porque nossa terra está ocupada”. “Essa terra não é israelense, é nossa terra”, disse ela. Leila Khaled também é um exemplo da resistência palestina ao dizer que “eles têm medo, porque as e os palestinos estão unidos pela esperança para implementar seus sonhos através da luta”.
Ao redor do mundo, radicalizamos a nossa esperança na luta pelo direito do povo palestino ao seu território e autodeterminação. Seguiremos em marcha até que a Palestina seja livre!
Confira abaixo todos os cartazes! Clique nos slides para vê-los com suas legendas completas. Acesse o portal Utopix para fazer o download dos cartazes.