Galeria: lutas camponesas e soberania alimentar

17/04/2021 |

Por Capire

As mulheres são protagonistas da Soberania Alimentar. Conheça essa luta pelas fotografias do acervo da Via Campesina, Amigos da Terra e Marcha Mundial das Mulheres.

Lutar por  soberania alimentar é lutar por terra e alimento saudável, por trabalho digno e pelo fim da exploração, do agronegócio e do latifúndio, por uma vida sem violência. As mulheres são as principais responsáveis pela produção e preparo de alimentos, pela conservação das sementes e pelo cuidado com a biodiversidade, e acumulam esses saberes há muito tempo. Lutar por soberania alimentar é, também, lutar pelo reconhecimento do trabalho das mulheres agricultoras e pela reorganização do trabalho doméstico, de cuidados e de preparo de alimentos. 

Esta galeria virtual internacional reúne fotografias do acervo da Via Campesina, Amigos da Terra e Marcha Mundial das Mulheres. As imagens mostram como as mulheres são sujeitos fundamentais na semeadura de uma luta política, camponesa, popular e diversa por uma sociedade sem cercas e sem veneno. Essa luta se materializa na colheita de cada milho crioulo, cada erva medicinal, cada feijão com suas múltiplas cores e sabores possíveis. E também se materializa em espaços políticos de formação, mística e ação que encontram nas mulheres um farol para a organização e transformação.  

17 de abril é o Dia Internacional da Luta Camponesa, que homenageia os 21 trabalhadores sem terra assassinados há 25 anos durante uma marcha em Eldorado dos Carajás, Pará, Brasil. No mesmo ano de 1996, a Via Campesina apresentou a soberania alimentar como proposta política para enfrentar as crises sistêmicas globais. Neste ano de 2021, em que a pandemia e o neoliberalismo avançam sobre nossas vidas e aprofundam a realidade da fome no mundo, esse dia de luta também aponta que outro mundo é possível, livre da fome e da pobreza, do capitalismo patriarcal e racista. Um mundo com reforma agrária e soberania alimentar. 

Esta galeria é uma contribuição para esse dia de lutas. Pelas imagens, queremos mostrar que a soberania alimentar é um direito dos povos. E que ela aponta, ao mesmo tempo, um presente e um futuro diferentes, alimentados pela memória, semeados e protagonizados pelas mulheres camponesas. Não há futuro sem soberania alimentar!

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