Os povos do mundo contra as guerras e os genocídios

21/12/2024 |

Capire

Conheça as denúncias dos movimentos populares contra os instrumentos do imperialismo durante a Cúpula do G20

Em novembro de 2024, as maiores economias do mundo se reuniram no Rio de Janeiro, Brasil, durante a Cúpula do G20. Em atividades da Cúpula dos Povos e do G20 Social, diante dos desafios vitais que a conjuntura internacional coloca para os povos do Sul Global, os movimentos populares foram explícitos ao denunciar as estratégias atualizadas de dominação imperialista que se impõe sobre a maioria do mundo.

O imperialismo foi condenado por um tribunal dos povos, a partir das denúncias ao genocídio da Palestina e do povo negro e aos instrumentos de dominação econômica e de violação da soberania dos povos e nações, como o Acordo União Europeia-Mercosul e os crimes ambientais cometidos pelas corporações transnacionais.

Capire conversou com representantes da Via Campesina e da Marcha Mundial das Mulheres sobre as principais questões da agenda das mulheres em movimento. Elas denunciaram explicitamente as formas pelas quais a maioria dos Estados e instituições multilaterais tem sido conivente com o genocídio em curso na Palestina.

Para ser efetiva, qualquer iniciativa que se proponha a combater a fome e a pobreza no mundo precisa ter entre seus objetivos colocar um freio a ofensiva de Israel sobre a Palestina e os países da região, assim como a todas as guerras provocadas pelo imperialismo. As militantes convocaram os governos dos países do Sul Global, como Brasil e África do Sul, a liderar esforços para por fim ao genocídio em curso.

O G20 tem servido historicamente para coordenar agendas de interesse dos países do Norte global, com algum diálogo com grandes economias do Sul global. Diante dos limites e mesmo da falta de legitimidade desse grupo, foi em espaços da Cúpula do G20 que África do Sul, Brasil, Rússia, Índia e China começaram a se reunir para formar o BRICS.

Existem mudanças acontecendo nas estruturas multilaterais de governança mundial, com uma ofensiva das corporações transnacionais para serem legitimadas nas organizações do Sistema ONU. Diante desse cenário, as militantes reforçaram a organização popular e a luta das mulheres como forças fundamentais para barrar a ofensiva do capital contra a vida em todas as suas formas. Confira as entrevistas no vídeo a seguir.

Introdução por Tica Moreno
Edição de vídeo por Bianca Pessoa
Revisão por Helena Zelic

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