Bombardeios, prisões, tortura e fome forçada são armas das forças israelenses para promover o genocídio do povo palestino. O aprofundamento dos ataques e o bloqueio israelense à entrada de medicamentos e alimentos em Gaza precisa ser interrompido imediatamente. Diante do terror, do silêncio cúmplice e da ausência de ações contundentes de governos e organismos multilaterais por fim ao genocídio, movimentos populares têm organizado ações de solidariedade internacional e pressão política.
Uma dessas ações é a caravana de movimentos populares do Magrebe que fazem parte da Via Campesina. São mais de 3 mil veículos, transportando mais de 7 mil militantes da região. A caravana terrestre “As-Soumoud” partiu de Túnis, capital da Tunísia, na manhã de 9 de junho de 2025, para romper o cerco a Gaza sob o lema “as correntes devem ser quebradas”. A caravana passará pela Tunísia, Líbia e Egito até chegar à fronteira de Rafah, informam os movimentos participantes.
Ao mesmo tempo, estão também em curso ações como a Marcha Global a Gaza e a Flotilha da Liberdade. O sequestro, deportação e prisão dos integrantes da missão da Flotilha, assim como a captura dos mantimentos humanitários levados, são mais uma demonstração dos crimes de guerra de Israel. As manifestações simbólicas e massivas que se levantam em diversas partes do mundo devem intensificar-se até o verdadeiro cessar-fogo.
No vídeo abaixo, reunimos depoimentos de dirigentes das delegações regional internacional da Via Campesina, que participam da primeira etapa da caravana, indo da Tunísia à Líbia. Morgan Ody, coordenadora geral da Via Campesina, vinda da França, Nury Martínez, da Colômbia, e Torkia Cheibi, da Associação Um Milhão de Mulheres Rurais [Million Rural Women] na Tunísia, mostram a força da organização coletiva para defender a paz e a autodeterminação do povo palestino.